Grutas de Mira de Aire

No Verão passado fui a Fátima com os meus pais e aproveitamos para visitar as grutas de Mira de Aire, umas das maiores e mais bem conhecidas grutas em Portugal.
Pagamos 6,8€ por pessoa e depois de comprarmos os bilhetes pediram-nos para esperar à entrada até que houvesse um número de pessoas suficientemente grande para formar um grupo (cerca de trinta pessoas), pois a única forma de visitar as grutas é através de uma visita guiada em grupo. Tivemos que esperar pouco mais de cinco minutos e depois fomos então levados para uma sala escura onde projetaram um filme que abordava a formação, descoberta e exploração das grutas. Entregaram-nos um papel com alguma informação interessante sobre a geologia das grutas. Apesar de as grutas terem uma extensão superior a 11.500 metros, apenas 600 metros são visitáveis. Explicaram-nos que, na visita, descem-se 683 degraus, alcançando uma profundidade de 110 metros em relação à entrada.
Iniciamos então a descida. As grutas são fresquinhas, encontram-se bem iluminadas e os degraus não são íngremes, o que tornou a descida bem fácil, apesar da ligeira penumbra. Eu fui de sandálias e desci sem problemas.
A guia ia parando nalguns locais e dando explicações relativamente às formações rochosas que íamos vendo, e era possível acompanhar o que a guia dizia usando o papel que nos foi entregue no início da visita. Tivemos muito tempo para fotos e para observar tudo.
Como estão vários grupos a fazer a visita em simultâneo, por vezes, era necessário aguardar que o grupo que ia à frente avançasse para podermos avançar também; numa das vezes, tivemos que esperar tanto que as luzes se apagaram automaticamente e tivemos que prosseguir sem poder ver uma das câmaras da gruta. No entanto, este incidente não se repetiu. Eu e os meus pais estávamos na parte da frente do grupo e podíamos ouvir bem todas as explicações. No entanto, notei que, devido ao tamanho do grupo, algumas pessoas iam ficando para trás e perdiam algumas explicações.
No final, voltamos à superfície através de um elevador gigante. Existe uma espécie de mini museu no final que podem visitar, sem quaisquer custos.
Se quiserem, podem também visitar as lojinhas que tem imensos objetos lindíssimos, como pulseiras e colares com pedrinhas, ou tomar um café cá fora, é um sítio muito calmo. Eu queria comprar um colar com a pedra do meu signo (gémeos) mas, apesar de se encontrar uma rapariga atrás do balcão, ninguém veio ter comigo para me servir. Esperei cerca de 10 minutos, durante os quais a rapariga se manteve lá, sentada numa cadeira a comer um gelado e a conversar com outro empregado, ambos ignorando os clientes. Achei este aspeto absolutamente rude pois não me pareceu que estivessem em pausa, e claro que já não trouxe nada.
No geral a visita foi mesmo muito gira. O caminho é sempre a descer e não cansa nada, a guia explicou tudo muito bem e pudemos ver imensas coisas giras e tirar fotos. É fascinante vermos as belezas que a natureza cria e termos aquela sensação de estarmos a mais de 100 metros debaixo da terra. Eu não gosto de espaços apertados e mesmo assim arrisquei e não me senti em nenhum momento apertada, muito pelo contrário, as grutas são muito amplas. É uma visita que recomendo vivamente, é uma coisa única e de certeza que será um momento bem passado.