No nosso terceiro dia em São Miguel decidimos seguir em direção ao Nordeste para visitar essa ponta da ilha, onde nunca tínhamos estando anteriormente.
Paramos no Miradouro de Santa Iria, famoso pela vista em forma de "tartaruga" e passamos junto às fábricas de chá de Porto Formoso e Gorreana (visitamos as fábricas noutro dia porque tínhamos tempo de sobra mas se quiserem fazer render o tempo e a gasolina podem aproveitar para fazer uma paragem e provar o chá).
Em seguida, seguimos até Ribeira de Caldeirões, um parque natural lindíssimo, famoso pelas suas cascatas. Aqui os mais aventureiros podem optar por fazer canyoning através do rio e das cascatas, deve ser uma experiência fantástica! Eu gostava muito de ter feito mas terá que ficar para uma próxima eheh.
Fomos até ao ponto mais alto da ilha, o Pico da Vara. O caminho para lá é mau, com terra batida e muitas pedras. Quando lá chegamos estava muito frio e nevoeiro e não se via vivalma pelo que nem nos aventuramos a explorar os trilhos. A minha mãe não achou graça nenhuma a este desviozinho mas para mim foi um dos locais que mais gostei de visitar. O facto de ser um sítio tão isolado, o nevoeiro, o mar a espreitar no horizonte... tudo isso conferiu uma aura mística ao local.
Depois de regressarmos à civilização fizemos um picnic num parque local (não vimos muitos restaurantes na zona) e depois fomos visitar a vila de Nordeste e passear um pouco pelo local. Vimos a Igreja Matriz, a ponte dos sete arcos e fomos ao Miradouro da Ponta do Arnel.
Em seguida, fomos ver o miradouro mais icónico daquela zona, o da Ponta do Sossego. Nós apanhamos o céu nublado mas a vista é na mesma muito bonita, além de que no miradouro existe também um grande jardim muito bem cuidado e vários gatos!
Depois desta paragem seguimos viagem através das montanhas do Nordeste, fomos até ao cu de Judas (literalmente) e contornamos a ilha, indo ter à vila de Povoação. Gostei muito desta vila, como aliás gostei de quase todas as vilas em São Miguel. Passear em locais assim tranquilos, ver os habitantes sentados cá fora ou à porta das suas casas a conversar, a ver a vida passar, o ambiente calmo e pachorrento que os próprios locais emanam... transmitem-me uma serenidade indescritível. É uma das coisas que mais aprecio nos Açores. Na maioria dos locais somos só nós e a natureza.
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