Ilha do Faial

No nosso quarto dia de viagem seguimos de S. Miguel em direção à Ilha do Faial, a ilha azul, assim denominada devido às suas imensas hortênsias. Fomos recebidos pela guia (e pela chuva) e seguimos diretamente para um passeio de autocarro através da ilha. À semelhança de S. Miguel, as estradas são lindas, rodeadas de natureza, bosques e paisagens verdejantes, o que só por si faz a viagem valer a pena.
A primeira paragem foi no Vulcão dos Capelinhos, que neste momento se encontra adormecido, mas tivemos muito pouco tempo para explorar a zona. A chuva não ajudou e nem sequer vimos o Geoparque. De qualquer forma, em termos geológicos, é uma zona muito interessante e a paisagem coberta de cinzas com uns verdes a despontar aqui e a ali transmite-lhe um charme característico.


Seguimos em direção à zona do Cabeço Gordo, um miradouro de onde é possível ver a cratera vulcânica da ilha. Mais uma vez o nevoeiro não deu tréguas mas mesmo assim conseguimos ter um vislumbre desta incrível paisagem arqueológica.



Paramos pelo caminho para provar a famosa massa sovada e visitar o Centro de Artesanato do Capelo, com várias peças artesanais feitas com materiais abundantes na ilha. Os mais impressionantes, na minha opinião, são os trabalhos em osso de baleia.



Em seguida paramos no Miradouro da Espalamaca, de onde se tem uma vista fantástica da cidade da Horta.




Depois do almoço tivemos a tarde livre e decidimos ir visitar o Jardim Botânico do Faial, que ainda fica um pouco longe do centro. Apanhamos um taxi (5€ para cada lado, valor tabelado) e pagamos 15€ para os três porque a senhora foi muito atenciosa e fez-nos um desconto de família. Os bilhetes para adulto custam 7,5€. As senhoras que nos atenderam foram super simpáticas, conversaram connosco, explicaram-nos o que íamos ver e falaram sobre o orquidário, que ainda se encontra em construção. Quando chegamos a essa parte uma das senhoras fez-nos uma espécie de visita guiada, falando sobre as diferentes espécies de orquídeas, a forma como foram obtidas, como crescem e outras curiosidades. O jardim em si é grande, com muitas sombras e imensas espécies de plantas, desde as espécies endémicas àquelas que foram introduzidas pelo homem. Tem alguns bancos para sentar e, como fica já um pouco afastado do centro, é um local super tranquilo, ouvem-se imensas aves. Eu gostei muito de visitar o jardim, pois adoro visitar esse tipo de coisas, mas os meus pais acharam que, para o preço, era pequeno e não tinha nada demais. De qualquer forma, o orquidário ainda se encontra em construção e eu acho que vale sempre a pena para quem é apreciador de orquídeas ou flores e plantas no geral, recomendo!









Em seguida voltamos para o centro da cidade e fomos até à Torre do Relógio que, segundo a guia, é o ex-libris da cidade. Não visitamos o interior, pois já estava fechada, mas passeamos num jardim lá perto e pelas ruas da cidade, que são muito calmas. Visitamos algumas igrejas pelo caminho e cruzamo-nos com pessoas muito simpáticas.



Fizemos também a paragem obrigatória no Peter's Café Sport, um café que, nas palavras do guia, "durante muitos anos funcionou melhor que os correios da ilha", onde as pessoas iam trocar a sua correspondência, e bebemos um gin.








Passeamos junto ao cais e em seguida fomos até ao hotel, descansar e jantar.



Ficamos hospedados no Hotel do Canal (que pertence ao mesmo grupo dos outros hóteis em que ficamos), que fica mesmo em frente da marina e ao lado do Peter's. O nosso quarto tinha vista para as traseiras mas quem teve a sorte de ficar nos quartos da frente teve uma vista incrível, do canal e da ilha do Pico. Os quartos tinham um tamanho aceitável e o nosso era triplo, por isso colocaram uma cama extra, a minha, que era muito desconfortável. A comida do hotel era melhor do que a do de S. Miguel mas o hotel não tinha piscina, nem sequer interior, apenas jacuzzi, o que foi um ponto bastante negativo.



Relativamente à vida noturna, tivemos bastante sorte pois fomos em época de festa e estava tudo muito movimentado. Foram lá vários artistas, tradicionais e outros mais pop (incluindo a Ludmilla), e andava lá imensa gente (suspeitamos que a maioria turistas). Havia imensas barracas a vender brinquedos, roupas e comida e até uma feira do livro e uma feira gastronómica! Foi muito giro porque tornou as nossas noites mais animadas.



No geral, gostei muito de visitar a ilha do Faial. Tem a beleza característica das ilhas açorianas, cheia de paisagens verdejantes, pastagens e hortênsias. É uma ilha muito mais pequena que S. Miguel e mais calma mas as pessoas são extremamente simpáticas e receberam-nos muito bem. O facto de irmos em época festiva ajudou muito porque achamos que, apesar de mais pequena, a ilha tem mais vida que S. Miguel. Apanhamos mau tempo na primeira manhã e sol no restante tempo que lá estivemos. Apesar de ser uma ilha pequenina, gostei do Faial e voltava, sem dúvida, pois ficou muito por conhecer!

Comentários

  1. Que paisagens lindas!
    E essas flores são tão lindas! 😍
    Beijinhos!
    In Beautyland

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    1. o Faial é conhecido pela ilha azul devido às suas flores :)

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  2. Tudo tão lindo!

    https://checkinonline.blogspot.com/

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  3. O Faial parece ser fantástico. E o Peter's emblemático não é? Adorei as fotos! Fiquei com tantas saudades de viajar e fazer férias :)

    https://primeirolimao.blogspot.com/

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    1. é uma ilha pequenina mas cheia de personalidade, então em altura de festa foi muito giro visitar! beijinhos :)

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  4. Adorámos ver estas paisagens tão bonitas!

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